
Não temos duas vidas…
Eu não acredito que tenhamos duas vidas distintas. Que sejamos uma pessoa no trabalho e uma completamente diferente em casa e, muito menos, que uma não afete a outra.
Por muito que nos esforcemos, se algo não corre bem na nossa vida profissional, isso vai mesmo acabar por ter impacto na nossa vida pessoal e vice-versa. Não estou a dizer que vamos deixar de fazer bem o nosso trabalho. Agora, não posso afirmar que tenho a mesma criatividade e produtividade quando algo me preocupa ou que tenho a mesma paciência para os meus filhos quando estou stressada com o trabalho, porque estaria a mentir!
Neste sentido, e enquanto Gestora de Pessoas, eu gosto de pensar que uma empresa com 100 colaboradores, não tem a seu “cargo” 100 colaboradores, mas sim, 100 famílias e esta sim é a verdadeira dimensão!
Ao criar um ambiente “seguro” e de bem-estar para os seus colaboradores, uma empresa, um líder, não está apenas a afetar essas pessoas com quem trabalha, mas todas as que se relacionam com elas. Devemos encarar a Felicidade no Trabalho como Responsabilidade Social das Empresas.
Há pouco tempo, numa conversa, disseram-me: “Mas as empresas não têm que fazer as pessoas felizes!” a minha resposta foi: “Ok, mas ao menos que não as tornem infelizes!”.
Criar uma cultura de segurança e verdade, onde as pessoas possam errar, admitir os seus erros, aprender e seguir em frente. Uma cultura de tolerância, companheirismo e trabalho em equipa. Uma cultura de respeito pelos outros enquanto profissionais e seres humanos. Uma cultura que permita às pessoas serem elas próprias e onde se possam sentir e demonstrar que se sentem felizes! Esta cultura vai permitir que as “famílias” da sua empresa ou da sua equipa tenham uma vida muito melhor.
Os “Felizes” estão comprometidos, são mais produtivos e querem ficar!